A presença de rouquidão na infância e outras alterações de voz em crianças não é infrequente, e os pais nem sempre sabem como proceder nessa situação.
Ocasionalmente, após em evento como uma festa ou partida de futebol em que ocorra abuso da voz, pode ocorrer rouquidão nos dias subsequentes.
Porém, quando essa situação se repete com frequência, ou quando uma voz que era normal se mantém alterada, é importante fazer uma avaliação médica. Essa avaliação também é necessária quando os pais notam que a voz da criança é sempre “diferente” (alterada).
Alterações de voz na infância tem ganhado muita atenção com a maior procura de crianças nas atividades de canto e teatro musical. Nesse caso, o ideal seria uma avaliação antes do início da atividade, assim como é exigida uma avaliação médica em um adulto que vai entrar para uma academia, com o intuito de verificar se ele está liberado para essa atividade física.
É importante mencionar que existe um período em que a voz sofre modificações, incluindo momentos de quebras, denominado de muda vocal – período em que ocorre a mudança da voz infantil para a voz adulta. Esse período tem início pouco antes da adolescência e ocorre em média até os 13 ou 14 anos. Essas mudanças são mais notadas nos meninos do que nas meninas. Quando esse período se prolonga, a criança, no caso o adolescente deve ser avaliado. No caso dos cantores e atores mirins, a avaliação deve ser feita antes de iniciar a atividade e especialmente no caso de qualquer alteração aguda.
Como é feita a avaliação?
Além do exame físico, o médico otorrinolaringologista, precisa de uma avaliação da imagem da garganta, especialmente das pregas vocais da laringe. Para isso, dois exames podem ser realizados: a nasofibrolaringoscopia e a telelaringoscopia, que podem ser complementados com a estroboscopia. A nasofibrolaringoscopia é um exame no qual uma fibra óptica fina e flexível é introduzida pela narina, e com isso é possível avaliar desde a cavidade nasal até as pregas vocais. A telelaringoscopia é uma técnica que utiliza um tubo rígido para essa finalidade. Por último, a estroboscopia emite uma luz pusátil que permite uma avaliação do padrão de vibração das pregas vocais.
Por meio da nasofibrolaringoscopia também é possível avaliar a atividade de canto. Entre os possíveis tratamentos, incluem-se orientações de cuidado vocal, uso de medicamentos, terapia de voz realizada por fonoaudiólogo e, em raros casos, o tratamento cirúrgico.
Acompanhe sempre de perto alterações de voz em crianças.
Dr. Gustavo Polacow Korn | Otorrinolaringologista | CRM: 101458 – SP
Av. Brig. Faria Lima, 1811 cj 907-908 – Jardim Paulistano | Telefones: 3031-7933 / 3812-1157
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